Eis um link com uma crítica bastante interessante, publicada n'O Estadão e no site Digestivo Cultural.
"... parece certo que, ainda neste semestre, será possível apreciar com maior nitidez e melhor sonoridade a brejeirice de Márcia Goldschmidt e Sonia Abraão, a breguice de Hebe, Gugu, Otavio Mesquita e Raul Gil, os ademanes de Gasparetto e os púlpitos e pátios dos milagres de todos os bispos e pastores da Rede TV! e da Record. Pérolas aos porcos".Nem só de boas imagens se faz um sistema de TV Digital. Conteúdo é o principal diferencial. Tivemos a oportunidade de diversificar. Mas pelo apoio das empresas de TV em época de campanha o Lula preferiu dar alta definição a um povo que mal consegue botar comida na mesa, quanto mais uma TV com tecnologia de HD na sala...
Um comentário:
Senhores.
Se o governo brasileiro tivesse o interesse em uma TV Digital Interativa, para levar informação e interatividade, teria feito a escolha de padrão de outra forma.
Na minha opinião o mais lógico seria a escolha do padrão europeu. Forte base de desenvolvimento de aplicações interativas, transmissão terrestre em larga escala, suporte a mobilidade e middleware estável e funcional.
Não esqueçamos do modelo de negócios que existe na TV aberta brasileira e que determinou a escolha do padrão.
Uma história: Na Espanha e Portugal, a TV Digital foi lançada em alta definição e deixando a interatividade de lado, era mais fácil para as empresas, não mudava o know-how que elas tinham, e não criavam concorrentes, como novos players no mercado. Resultado: falência. O mercado não quiz pagar novamente pelo o que já tinha.
A reformulação veio com transmissão em SDTV, pesada interatividade e liberdade para novos players transmitirem o conteúdo de qualquer forma. Assim a TVD era um novo produto.
Aqui, com o Ginga, corremos o risco de desenvolvermos aplicações que não poderão ser exportadas. Mais investimento em alterações para exportar o conteúdo nacional. Pois em alguns anos, qualquer produto áudio-visual sem interatividade será colocado em segundo plano, pois o mercado internacional estará acostumado em interagir com o conteúdo.
O governo critica os fabricantes de equipamentos, mas o governo tem telhado de vidro, pois não fez o dever de casa, cadê a nova regulamentação? (fusão da lei de radiodifusão e da lei de telecomunicações). Onde está a definição do Ginga-J? (com especificação de custos de licenciamento).
Vamos nos colocar no lugar dos fabricantes, é muita neblina à frente...
Jomar A.A.
andreata@furb.br
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