segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Hillcrest Labs promove interface de usuário de ponteiro (como o mouse nos computadores) para TV

A notícia que se segue é a mera tradução desta notícia. Eu não sou lá um ótimo tradutor mas acredito que o contexto estará "entendível". Revolucionária a proposta da Hillcrest, apesar de ainda um pouco distante dos reles mortais brasileiros e suas novelinhas.
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A Hillcrest Labs está promovendo uma interface de usuários "aponte e clique" [como o mouse nos computadores] para ser usada nas televisões. A empresa pioneira arrecadou US$ 25 mi em fundos para trazer esta tecnologia ao mercado. Seus dispositivos estão entre as várias inovações expostas nas Mostra Internacional de Eletro-Domésticos [International Consumer Electronics Show] em Las Vegas, EUA.

O aparelho, chamado de "Hillcrest Labs Home Interactive Media System" combina a interface gravifica "zoomável" [com capacidade de fazer zoom - aumentar ou diminuir certo ponto do conteúdo visual na tela] com uma tecnologia patenteada de controle remoto baseado em movimento chamado Freespace cujo qual percebe o movimento em três dimensões e o traduz na interação com a tela.

A Hillcrest desenvolveu um controle remoto no formato de anel (acima) que é segurando como um puxador. É um pouco complicado de se acostumar, mas permite navegação multidimensional na tela ao balançá-lo no ar, assim como se faz com um controle do video-game Wii.

"A Hillcrest Labs criou uma plataforma interamente nova e potencialmente [game-changing] para a televisão e outras formas de entretenimento doméstico", disse Jamie Kiggen da AllianceBernstein, a principal firma que financia o projeto. "Combinando o ponteiro com uma interface gráfica capaz de fazer zoom, a tecnologia deles promete alterar fundamentalmente como os consumidores interagem com suas TVs e com a mídia digital".

"Agora poderemos ter vários acordos com as grande companhias que panejam trazer nossa tecnologia ao mercado no futuro próximo", diz Dan Simpkins, o fundados e CEO da Hillcrest Labs. "Pretendemos trazer um novo paradigma de 'point-and-click' para a televisão e além dela"

O primeiro produto da linha "Freespace Tecnology" - da Hillcrest - a ser comercializado é o mouse "aéreo" sem-fio e recarregável Logitech MX Air (foto acima). Um kit-referência também está disponível a empresas que pretendem desenvolver produtos que utilizem dispositivos da linha "Freespace".

www.hillcrestlabs.com

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Interatividade com sistema digital muda propaganda na TV

"It's all about money!"
Não é de agora que se sabe que a interatividade vai fazer circular muito dinheiro no mercado...

TATIANA RESENDE
da Folha de S.Paulo

Os consumidores brasileiros mal se acostumaram com o "e-commerce" e já vão se deparar neste ano com o "t-commerce", comércio eletrônico que será viável por meio da TV digital, com as compras ao alcance de um clique no controle remoto.

Já é senso comum que a interatividade na TV aberta vai mudar a forma de fazer propaganda, mas resta saber como as emissoras vão adaptar o modelo de negócio, baseado em audiência, a uma nova realidade, que vai permitir tanta interação com um comercial que pode desviar completamente a atenção do seguinte.

As emissoras captam cerca de 60% dos investimentos em publicidade no país, o que comprova que qualquer mudança nessa mídia faz toda a diferença para os anunciantes.

"A TV paga tem um modelo de negócio mais fácil de adaptar à interatividade", diz Antonio João Filho, vice-presidente da Associação Brasileira de TV por Assinatura. Em 2006, 84% do faturamento das prestadoras veio da mensalidade dos assinantes, que começaram a se familiarizar com a interação comprando filmes pelo pay-per-view. A TV paga, porém, responde por menos de 4% dos investimentos em publicidade.

O que ainda parece um sonho futurístico vai estar disponível em breve para os consumidores, pelo menos para os mais abastados nas cidades que recebem o sinal digital, disponível agora só na Grande São Paulo e, em todo o país, até 2013. Os primeiros conversores com o software Ginga, aptos à interatividade plena (envio de dados às emissoras), devem chegar às lojas neste semestre, provavelmente com os comerciais interativos.

"As agências e os anunciantes vão querer correr para serem os primeiros, porque isso transmite uma imagem de modernidade", afirma Dalton Pastore, presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, sem detalhar o que já está em teste. Para ele, o que a tecnologia vai permitir que o telespectador faça é só um lado da moeda. "E o menos importante. Muito mais importante é o que ele vai querer fazer."

Pastore ressalta que os consumidores estão acostumados "a comprar as coisas indo ver, e isso não vai mudar em 2008". A questão é que não dá para prever o alcance de uma mudança dessa magnitude no meio de comunicação mais popular do país, presente em 93% dos lares, segundo dados do IBGE.

No entanto, como frisa Ricardo Monteiro, presidente do Comitê de Gestão de Negócios de Mídia da Associação Brasileira de Anunciantes, "a efetividade da lembrança de um comercial de TV tem caído de forma vertiginosa, e a audiência não alcança mais os patamares de poucos anos atrás". Segundo ele, 65% das pessoas que viam um comercial, em 1999, lembravam da marca. Em 2006, esse número foi de só 19%. "É interesse de todos procurar novas formas de comunicação."

Roberto Franco, presidente do Fórum de TV Digital, lembra que o padrão atual de modelo de negócio "foi construído ao longo de 60 anos de história da televisão". Logo, só o tempo vai definir o formato adequado à era digital. "Ninguém vai sair com um modelo pronto, acabado e campeão de mercado."

Para Ana Lúcia Fugulin, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing, antes da interatividade, o principal atrativo serão as plataformas móveis, com celulares e aparelhos em meios de transporte com a mesma qualidade de recepção dos pontos fixos. Aliás, com tantas formas de assistir à TV, ela pondera que o telespectador vai querer também ampliação do conteúdo exibido. "O público já está mais exigente e vai ficar ainda mais."


Fonte: Folha Online (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u360636.shtml)

E o Google não poderia ficar de fora...

Google desenvolve TV com acesso à web
Terça-feira, 08 de janeiro de 2008 - 09h24

Já estava demorando para alguém propor essa parceria com o Google, afinal eles são os proprietários de um dos maiores e mais respeitados portais de IPTV, o YouTube.

Sinto que a tendência é que, muito em breve, todos esses serviços como o YouTube e Joost disponibilizem APIs para que os produtores de vídeos apliquem interatividade em suas obras. A interatividade disponível atualmente nessas ferramentas normalmente não é síncrona nem relacionada diretamente com o conteúdo audio visual transmitido.

O simples fato de trazer o conteúdo do portal para um aparelho televisivo já é um primeiro passo para ir familiarizando o público com o novo jeito de assistir TV e exigir dos produtores dos portais uma interface mais simples (pois numa TV não se tem mouse nem teclado, apenas num simples controle-remoto) e funcional para acessar e interagir com o conteúdo.

A Apple já saiu na frente há um tempo e já tem seu dispositivo, o AppleTV, para botar na TV o conteúdo audio-visual de um computador como a Panasonic pretende fazer em parceria com o Google.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Vinheta de fim de ano da Globo e a transição do sistema de TV

Eu não tinha parado pra fazer a tal ligação, mas achei interessante esta nota que encontrei no site Brasil Wiki.

"Pois, no ano que é inaugurada a TV digital no Brasil e, uma nova torre de transmissão da Globo é ativada, na avenida Paulista, em São Paulo, em festa de muitas luzes e cores, a emissora apresenta a sua tradicional vinheta, na forma de um desenho animado de alta definição, onde os personagens, representando o seu grande elenco, aparecem envolvidos na construção simbólica da logomarca da empresa. Como se, em comemoração à chegada da TV digital, o elenco todo tivesse invadido ou, na pior das hipóteses, sido sugado pelo ciberespaço, o mundo digital, e passado a representar na zona chamada Segunda Vida (Second Life), um dos compartimentos do mundo virtual, onde seres vivos podem atuar, por meio de personagens, avatares, espécie de figuras de desenho animado.

Nada mais criativo, nada mais trabalhoso de construir, nada mais high-tech em termos de animação e divertimento. Emblemático, representativo, um registro louvável do ponto de ruptura entre gerações de tecnologias empregadas para se fazer televisão.

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