quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Conversores (Set-top-boxes), opções e preços.

Encontrei por acaso uma página de uma loja on-line com uma lista de conversores já disponíveis no mercado. Vale a pena dar uma olhadinha e conhecer um pouco mais dos recursos que cada um oferece e o preço cobrado por suas funcionalidades.

Os mais baratinhos fornecem apenas o básico. E ainda assim são caros o suficiente para desestimular qualquer um. Quem sabe num futuro próximo, não é mesmo?

Uma novidade rápida, segundo boatos, em fevereiro Minas Gerais (pra ser mais exato, Belo Horizonte) já terá transmissões digitais. Que se espalhe rápido essas transmissões Brasil a fora.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Chile adia decisão sobre sua TV digital

O Chile adiou para março a decisão sobre o padrão de televisão digital - japonês, europeu ou americano.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Mais uma da série "Ginga-NCL é melhor que Ginga-J"

Repasso o texto abaixo que recebi da comunidade de desenvolvedores do Ginga-NCL.
Como já disse, mas não vou cansar de repetir, ainda espero o misterioso lançamento do Ginga-J. Até agora só quem tem mostrado serviço mesmo é o NCL.

Depois de apenas três meses desde sua recente atualização, a Comunidade Ginga promoveu hoje (11/12/2007) a publicação de novas versões de suas ferramentas no Portal do Software Público Brasileiro. Veja as principais novidades no ar:

Mudança de nome I. A nova ferramenta "Ginga-NCL Emulator v1.1.0" é a evolução do antigo "Ginga-NCL Player versão Java". O nome "Emulator" vem para melhor especificar a forma de uso e os objetivos dessa ferramenta: Apresentação de documentos NCL em PCs, sem compromisso com a renderização de aspectos avançados da linguagem NCL, como transparências e transições.

Mudança de nome II. A antiga ferramenta "Ginga-NCL Player versão C++ 0.9.25" passa a se chamar, simplesmente, "Ginga-NCL v0.9.26", devido à adição de várias funções do middleware que vão além da simples apresentação de documentos NCL.

Suporte a Lua. Composer 2.2.0 e Ginga-NCL Emulator 1.1.0 agora suportam a integração com a máquina Lua, permitindo o desenvolvimento e exibição de aplicações NCLua. Ginga-NCL v0.9.26, por sua vez, traz Lua e sua API para dispositivos fixos especificada na Norma ABNT. Um tutorial NCLua está no forno.

Novo controle remoto. As deficiências do controle remoto emulado pelas ferramentas Composer e Ginga-NCL Player Java agora foram contornadas com um novo layout e mapeamento de teclas mais eficiente. Tiram proveito disso as ferramentas Composer 2.2.0 e Ginga-NCL Emulator 1.1.0.

Funções do Núcleo Comum no Ginga-NCL. Ginga-NCL v0.9.26 inclui código para a sintonização de canais enviados por UDP, demultiplexação de dados e montagem de sistemas de arquivos decodificados do carrossel de objetos.

E vários pequenos bugs corrigidos. As contribuições da Comunidade Ginga vêm se intensificando e gerando excelentes resultados. Vários pequenos bugs foram corrigidos nas ferramentas, os quais podem ser constatados nos arquivos ChangeLog.

É importante ressaltar que os usuários do Set-top Box Virtual Ginga-NCL não necessitam fazer atualizações neste momento, dado que o STB Virtual já era acompanhado dos binários da versão 0.9.26 do Ginga-NCL. O STB Virtual vai deixar a versão v0.9.26-rc1 para se tornar v0.9.26.

Todas as ferramentas podem ser encontradas logo na página principal das SubComunidades Ginga-NCL e Composer, no box "Direto ao Ginga-NCL" e "Direto ao Composer", respectivamente. Elas também podem ser encontradas na seção Arquivos das SubComunidades.

Comunidade Ginga
http://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/register?community_id=1101545&referer=/dotlrn/clubs/ginga/

SubComunidade Ginga-NCL
http://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/clubs/ginga/register?community_id=1160871&referer=/dotlrn/clubs/ginga/gingancl

SubComunidade Composer
http://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/clubs/ginga/register?community_id=1160268&referer=/dotlrn/clubs/ginga/composer2

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Hélio Costa bate o pé em favor do Ginga.

Gostei de ler esta notícia no site do jornal Folha de São Paulo. Ela diz que o ministro das Comunicações - a cabeça de chave nas decisões sobre o sistema brasileiro de TV Digital - bateu o pé dizendo que todos os set-top-boxes (conversores) devem vir equipados com o Ginga, o middleware que proporcionará a interatividade na TV.

Bom, todos nós sabemos que é fogo de palha e que ele não vai conseguir dobrar a indústria com suas bravatas por uma simples questão mercadológica. Adicionar o Ginga aumenta consideravelmente o preço do aparelho e sem o Ginga o preço já está excessivamente alto. Mesmo assim, achei bem interessante a atitude do ministro como um meio de impor pressão e provocar movimento por parte dos players, que já estavam se acomodando.

"O conversor tem que ser um só. Existem normas técnicas que têm que ser seguidas. O [fabricante] que não colocou o Ginga não pode ser vendido, não atende às normas técnicas do Fórum da TV digital. A tecnologia está pronta, quem quiser o Ginga baixa da internet sem custo."

Nenhum dos aparelhos à venda tem ou pode ser adaptado com o Ginga, mas as declarações do ministro não têm respaldo na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que divulgou as especificidades aos conversores no sábado. Segundo o documento, "o porte do Ginga é opcional".

Foi interessante ele citar o fato de o Ginga estar disponível para download. Parte dele está mesmo, aqui neste site. Mas a outra parte, o Ginga-J (baseado em Java), está só no papo. Vou continuar minha campanha pró-liberação do Ginga-J até que todo o código pago pelo dinheiro do povo seja entregue ao povo. O Ginga disponível para download é o NCL... funciona, ainda não pude testar, mas é tecnologia genuinamente brasileira (no Ginga-J tem muito do MHP, o middleware do sistema Europeu). Mas não compreende toda a especificação exigida pelo SBTVD.

Veremos como as coisas vão andar daqui pra frente. Espero que o ministro continue firme nessa sua atitude de exigir interatividade nos aparelhos e incentivar o uso da interatividade na TV, que com certeza vai aquecer uma boa parcela da industria de produção televisiva e desenvolvimento de software.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Interatividade em teste no "primeiro capítulo" da TV Digital

Me espantei ao ver esta notícia do site "O Globo On-line". Não um espanto de horror, mas um espanto de "vejam só, que eles estão se mexendo". Acontece que não está previsto a interatividade para o momento inicial das transmissões de TV Digital no Brasil. Provavelmente eles veicularão esse comercial interativo para ninguém, já que provavelmente nenhum receptor terá capacidade de processar a parte interativa do comercial (corrijam-me se eu estiver errado, mas com provas, por favor).

Este esforço feito pelo prof. Guido Lemos para aproveitar esse filão de divulgação (o lançamento do sistema digital) combina com a morosidade com que ele e sua equipe têm para liberar o código e as informações sobre o Ginga-J (a parte procedural - baseado em Java - do middleware que deverá ser adotado no sistema brasileiro no futuro). Prevejo interesses comerciais por trás de tudo isto, ou seja, prevejo que há pessoas restringindo informações comercialmente úteis sobre o middleware procedural para inviabilizar concorrência e entrar no mercado "por cima da carne seca".

O que me deixa chateado é que todo o financiamento das pesquisas realizadas para o desenvolvimento do Ginga-J foi feito pelo governo, isto é, pelo povo. Nada mais natural que o resultado de todo esse trabalho fosse público, disponibilizando os artefatos para consulta e utilização pública, como têm feito exemplarmente a equipe da PUC-Rio, que desenvolveu a parte declarativa do Ginga, o Ginga-NCL.

Cadê o Ginga-J?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Contra governo, TV Digital começará com conversores custando acima de R$ 450

Me lembro das bravatas do senhor Hélio Costa, o ministro das comunicações, afirmando que o set-top-box (conversores) do sistema brasileiro de TV digital teria o valor de US$ 100,00 no momento do início das transmissões digitais no Brasil. Na época todos nós (envolvidos na pesquisa do sistema) ficamos preocupados, pois com um valor tão baixo não possibilitaria a adição das funcionalidades de interatividade à TV.

No fim, tudo se confirmou como uma grande balela do governo. E como já disse em outros posts, o interesse eleitoreiro dos "queridos" petistas se manifesta descaradamente. Imaginem se, em época de campanha, o senhor Lula teria coragem de dizer que a transição custaria caro para o povo (e convenhamos, US$ 100,00 - R$ 182,73 no câmbio de hoje - não é nem um pouco barato pra quem ganha um salário mínimo).

Sacrificaram então a interatividade, a única funcionalidade que agregaria algum valor e mudaria a forma como vemos TV hoje, em nome do baixo custo. Não foi suficiente. Com a eleição ganha, eles não têm mais vergonha de mostrar ao povo as "verdadeiras verdades". Ainda fazem cena em frente a imprensa brigando por um preço mais alto que o prometido anteriormente.

A verdade é que temos aí um sistema deficiente, pouco democrático, difícil de exportar e 2.5x mais caro que o esperado. A verdade está exposta na notícia que acabei de extrair do site InfoMoney:
Por: Tabata Pitol Peres
23/11/07 - 15h32
InfoMoney

SÃO PAULO - Faltando apenas 10 dias para o início das transmissões da TV Digital no Brasil, continua o impasse entre o governo e os fabricantes do conversor que será necessário acoplar nos televisores para o recebimento do novo sinal.

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ameaçam importar o conversor, caso os produtores não reduzam o valor de venda para R$ 250, as empresas que fabricaram o aparelho continuam anunciando lançamentos com preços acima do desejado pelos políticos.

O aparelho mais barato anunciado até o momento é o da Positivo Informática, que colocará nas lojas, já na próxima semana, um set top box que custará R$ 499 e é indicado para as tradicionais TVs de tubo (CRT) e as TVs de Plasma e LCD, sem HDMI. Para os aparelhos com High-Definition Multimedia Interface, o aparelho custará R$ 699.

Outros conversores
A Gradiente anunciou que produzirá, em parceria com a STMicoeletronics, o conversor DHD-800 que, segundo a empresa, custará R$ 799. "Esse valor só será reduzido se o governo der algum tipo de incentivo ou reduzir as tributações que incidem no produto", informou a assessoria de imprensa da marca.

Outra fabricante que entrará no mercado com o conversor para a tecnologia brasileira de TV Digital é a Sony. A marca informou que, a partir de dezembro, venderá o receptor HDTV Bravia para ser acoplado à TV LCD Bravia por R$ 999.

A empresa afirmou ainda que, caso a transmissão digital sofra atualizações no decorrer do período, o consumidor deverá levar o receptor a uma autorizada e atualizar o software, sem custo adicional.

A SempToshiba informou que começará a vender no dia 26 de novembro dois modelos de conversor: um para simples conversão de sinal, que custará R$ 799, e outro mais sofisticado, para aparelhos de plasma, LCD, projetores e sistemas de cinema doméstico, com preço sugerido de R$ 1.090.

TVs
Ao invés de produzir o decodificador, a Samsung optou por investir na fabricação de televisores com o aparelho integrado e que, portanto, saem de fábrica prontos para que o cliente receba o novo sistema de TV digital, com alta qualidade de som e imagem, sem que seja preciso utilizar nenhum equipamento adicional.

A partir da última semana de novembro, estarão disponíveis os modelos de 40 e 52 polegadas. Os preços de venda sugeridos pela fabricante são R$ 7.999, para a menor, e R$ 14.999, para a maior.

Entenda: conversores
Também chamados de set top box ou caixas conversoras, esses aparelhos permitem a recepção do sinal digital em televisores analógicos convencionais, e são indispensáveis para quem quer se beneficiar da melhoria da qualidade de imagem trazida pela TV digital, sem trocar de televisor.

No primeiro momento da implantação da TV Digital, o principal impacto para o consumidor é a qualidade superior de imagem e de som.

Segundo o IBGE, 97% dos domicílios brasileiros têm TV, mas somente 12% com TV paga. A Positivo estima que esse público, basicamente classe B e C, será imediatamente beneficiado pelo sinal digital, já que o conversor receberá o sinal da TV aberta com a qualidade de TV paga.
A tendência é que estes valores diminuam na medida em que o sistema seja implantado no país e a demanda e oferta por aparelhos aumente. De qualquer forma não era nem um pouco difícil visualizar o floral que o governo estava colocando para decorar as feias decisões que fizeram implantar a TV Digital no Brasil. Me admiraria vê-los trabalhando com o foco no povo e não no poder.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Comunidade Ginga lança Set-top Box virtual com Ginga-NCL

Há tempos fazendo comentários meramente políticos, eis uma notícia que pode empolgar os aficcionados pelo parte técnica do desenvolvimento de aplicativos interativos pra TV digital. Recebi-a por e-mail, da equipe da PUC-RIO que desenvolve a NCL (Nested Context Language), a linguagem declarativa de aplicativos interativos do ISDTV (Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital). Faço questão de repassá-la.

Não vejo a hora de começar a "brincar" com o Ginga-NCL, afinal o Ginga-J está só no papo...

A Comunidade Ginga disponibilizou hoje [23/11/07] uma máquina virtual baseada no software VMWare que permite aos usuários, testadores e desenvolvedores obter um ambiente completo e pré-configurado de um set-top box de desenvolvimento Ginga-NCL.

A máquina virtual é publicada em forma de imagens de discos virtuais e arquivos de configuração previamente montados pela equipe do Laboratório TeleMídia da PUC-Rio. O sistema operacional instalado na máquina virtual é Linux, Fedora Core 7, reduzido aos pacotes essenciais para desenvolvimento do middleware e execução do gingaNclPlayer. O gingaNclPlayer embarcado é a versão 0.9.25, escrita em linguagem C++, e é aquele que provê o melhor suporte a uma variedade de tipos de mídias e a apresentações avançadas, aproveitando melhor todo o poder da linguagem NCL. Entre esses recursos avançados, estão a transparência, alpha-blending, transições e animações.

A máquina virtual pode ser vista como um set-top box de desenvolvimento Ginga-NCL. Para "ligar" o set-top box, o usuário precisa obter algum dos produtos de virtualização da VMWare. Recomendamos o VMWare player, que é gratuito e possui código aberto, disponível para sistemas Windows e Linux.

Após o boot, uma interface gráfica estática exibe informações importantes sobre como proceder nas tarefas de testes de aplicações NCL. Basicamente, o usuário deve abrir uma sessão SSH/SFTP com o set-top box para realizar tarefas rotineiras como upload de documentos NCL e disparo da apresentação de cada documento pelo gingaNclPlayer. Para interagir com as aplicações, o usuário deve deixar a janela SSH e dar foco à máquina virtual, preparada para mapear sobre o teclado algumas teclas do controle remoto de um set-top box real.

A maior motivação para o esforço dessa empreitada está na facilidade de implantação de uma máquina virtual, ao compararmos com o árduo processo de configuração de dispositivos, kernel e serviços do SO, além da instalação de dependências, e, por fim, a compilação e instalação dos pacotes que compõem o gingaNclPlayer versão C++. Com a virtualização, o usuário fica completamente isento de qualquer dessas tarefas. Seu único esforço é a instalação do software de virtualização.

Tudo isso tem um preço: desempenho. Com a sobrecarga imposta pela virtualização e o alto requisito de decodificação e renderização de mídias do gingaNclPlayer, o set-top box virtual vai "engasgar" a partir de uma certa qualidade de vídeo e áudio. No mundo real, essas tarefas seriam feitas por hardware especializado dentro dos set-top boxes... Mas no virtual tudo recai sobre a CPU. Assim, alguns requisitos de hardware do sistema hospedeiro (host) devem ser observados: Processador Pentium 4 3.0 GHz ou melhor, memória RAM mínima de 1Gb, boa placa de aceleração gráfica etc. Os requisitos podem ser reduzidos se o usuário se restringir a mídias de menor complexidade nos testes (vídeos de baixa resolução, poucas mídias renderizadas em paralelo, etc.)

A máquina virtual está disponível para download na Comunidade Ginga (subgrupo Ginga-NCL).

Saiba mais em:
http://www.vmware.com/appliances/directory/1101
http://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/clubs/ginga/gingancl/forums/message-view?message_id=2328423

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Capes financia formação de recursos humanos para a TV Digital

Um mês antes do lançamento oficial das primeiras transmissões públicas de sinal televisivo digital a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamentos de Pessoal de Nível Superior) publica um edital para financiamento de programas de formação de recursos humanos nas áreas relacionadas à TV digital. Isto quer dizer que as universidades e institutos de educação espalhados Brasil afora têm mais uma fonte de recursos financeiros para implementar seus cursos de pós gradução na área.

Segundo o Portal do Software Público Brasileiro, "os projetos poderão ser apresentados por programas de pós-graduação stricto sensu (cursos de mestrado e doutorado) com áreas ou linhas de concentração em engenharia de software, ciências da computação, engenharia elétrica, gestão, produção, veiculação, interatividade e educação a distancia na TV Digital. Além disso, poderão participar grupos de pesquisa de cursos das áreas de microeletrônica e telecomunicações. O edital também permite que instituições que não tenham pós-graduação stricto sensu concorram, mas será necessário que elas façam parcerias com instituições de ensino superior que possuam tais cursos." ... "Cada projeto selecionado receberá por ano R$ 420 mil e terá duração máxima de quatro anos para execução orçamentária."

Mais informações e o edital completo podem ser encontrados nesta página, no site da Capes. O término das inscrições é dia 21 de dezembro deste ano.

Espero que facilite o acesso à especializações que, por experiência própria, não estão tão acessíveis quanto eu esperava que estivessem.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Divulgação da TV Digital e cronograma de implantação

Há alguns dias começaram as campanhas de divulgação do novo sistema de TV no brasil. Algumas propagandas com um mínimo de informação estão sendo veiculadas na TV e na rádio.

Não posso de maneira alguma desmerecer o conteúdo dessas propagandas. A linguagem dela é perfeita para o perfil do público brasileiro em geral. E nos moldes em que foi definido o sistema nipo-brasileiro de TV digital (também conhecido como ISDTV), os programetes estão demonstrando a pura realidade do que está por vir.

No final da propaganda é informado um site: www.dtv.org.br, que fui logo acessar. Não diz nada demais também. Apenas o básico (mas pra quem é um zero a esquerda sobre TV digital, vale a pena dar uma lida). Ainda por cima, não entendi o motivo pelo qual usaram a sigla em inglês para divulgar o site, DTV (Digital Television), ao invés da correspondente em português, TVD (Televisão Digital), que ao meu ver seria mais intuitivo para um povo onde, segundo o IPM, quase 40% das pessoas são analfabetas ou tem uma capacidade mínima de interpretar textos e anúncios.

Nacionalismos à parte, fuçando pelo site que citei acima, encontrei um outro site um pouquinho mais interessante, o site do Fórum SBTVD (www.forumsbtvd.org.br). Este fórum é o resultado de todo o empenho realizado por várias instituições no estudo de um sistema que coubesse como uma luva para as necessidades do país, empenho no qual eu participei como bolsista da Universidade Federal de Santa Catarina desenvolvendo aplicativos interativos para TV Digital. É um fórum bastante interessante e importantíssimo para a manutenção do sistema. Mas, pra não perder o costume de reclamar, os meios usados para a seleção dos membos desse fórum são limitadíssimos, uma pena.

Neste site eu também encontrei uma imagembem legal pra visualizar o cronograma de implantação do novo sistema de TV, imagem esta que eu divido com vocês por aqui:

Clique para ver a imagem em tamanho real.

Concordo com os critérios de priorização das áreas a serem implantadas ao sistemas, mas entristeço ao me deparar com o fato da minha Florianópolis, apesar de capital, ser uma cidade pequena, ficando pra trás nas prioridades da implantação do sistema, só entre 2009 e 2011...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Daniel Castro comenta a TV Digital

Apesar de ele ficar falando sobre a trama da nova novela da Rede Globo, são interessante os comentários sobre as diferenças de definição de imagens numa TV de alta resolução.

É uma pena que 95% da população brasileira não terá dinheiro para comprar uma aparelho capaz de exibir imagens com tanta qualidade tão cedo.

Ouça aqui os comentários do jornalista.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

ISDTV doendo no bolso

Para pegar freqüência digital, o telespectador precisará de um aparelho com set-top box (conversor) avulso ou embutido. Se quiser a imagem mais nítida possível, de 1.080 linhas horizontais, terá de comprar um televisor do tipo Full High Definition. Os preços para este tipo de eletrodoméstico começam na casa dos R$ 7 mil, sem set-top box acoplado.

"Muita gente acha que ter uma TV de plasma ou LCD qualquer com um receptor digital embutido já dá para receber o melhor conteúdo em alta definição, quando, na verdade, você precisa de uma Full HD para ter a alta definição total", explica Amaral.



O texto acima foi extraído desta notícia no notíciário Folha Online.

Além do citado acima, temos que contar a ausência de interatividade...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Softwares para televisão on-line travam disputa acirrada

Que a TV não se limita à transmissão aberta, todo mundo sabe. Que a internet já está avançando sobre o meio televisivo todo mundo também já percebeu. O próprio YouTube é a prova viva que a produção e distribuição áudiovisual está evoluindo e se democratizando.

Mas além do YouTube e outros portais de vídeos on-line, o conceito de IPTV (TV sobre IP ou TV via Internet) tem evoluído de forma espantosa. Diferente dos portais, a IPTV faz transmissão de programas longos, filmes e seriados e não apenas filmetes.

As vantagens são muitas, como: facilidade a material extremamente diversificado e sob demanda (na hora que você quiser assistir); facilidade de expor a própria produção; maior controle de direitos autorais e de exibição (diferente dos portais, que praticamente tem controle zero); interatividade; etc.

As exigências são apenas conexão banda-larga (na maioria dos casos uma banda bem alta, o que ainda é o principal fator limitante) e um computador com um mínimo de capacidade de processamento de vídeo (a maioria dos PCs de hoje tem poder de processamento o suficiente pra isso) ou um tipo de aparelhos que está sendo criado especialmente para isto (chamados de set-top-box) para assistir na TV e não no computador.

Algumas grandes empressas estão investindo pesado no setor, tais como Microsoft e Apple. A tendência é forte e a evolução é clara. Acho que vale manter-se antenado.

E pra começar a se aventurar no meio, veja aqui uma reportagem da Folha Online que fala sobre algumas opções de softwares de IPTV pra você pode usar aí na sua casa.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Uruguai adota o sistema Europeu de TV digital

Mais uma notícia que me deixa preocupado com os passos escolhidos pelo nosso atrapalhado presidente da república no processo de adoção de um sistema de TV digital: nossos vizinhos uruguaios vão adotar, como outros 57 países no mundo, o sistema europeu de TV digital - conhecido como DVB (veja aqui e aqui).

Não que seja um problema essa adoção por parte do Uruguai, mas o isolamento do Brasil com o Japão na utilização do ISDTV (falsa evolução do ISDB - modelo japonês de TV digital - cuja única diferença é a adoção do Ginga, o middleware desenvolvido aqui no Brasil) é preocupante no nível mercadológico. Quanto menos países adotarem o sistema, menos tecnologia brasileira será adotada mundo afora e maior será o custo para adaptar a produção cultural brasileira a outros sistemas.

Havia uma esperança de nossos "hermanos" latino-americanos irem à sombra do Brasil e adotar o ISDTV porém essa adoção do Uruguai enfraquece os esforços brasileiros e dá mais "gás" ao sistema europeu, que é muito mais estável e confiável. Ao que tudo indica que o ISDTV será o novo PAL-M, que mantará o país mais uma vez isolado no mercado tecnológico televisivo.

As especulações são muitas sobre os motivos da escolha de Lula pelo sistema japonês. O divulgado para a sociedade era que o Japonês era tecnologicamente mais avançado que o europeu e o amaricado (ATSC). Pra mim é pura balela. Havia sim algumas vantagens tecnológicas no ISDB com relação a transmissão. No entanto a parte interativa do sistema - o que realmente agrega valor à TV digital - era totalmente atrasada (tanto que foi necessário refazer o middleware - o Ginga - que é baseado nos padrões de interatividade do modelo europeu), além do fato de o custo do modelo japonês ser maior tanto para as operadoras quanto para os usuários/telespectadores.

Mas podemos considerar que a escolha pelo sistema japonês foi feito em época de campanha eleitoral para reeleição. Além disso, as grandes transmissoras - tais como Rede Globo, SBT, Band, etc - fizeram pressão pelo modelo japonês de alta-definição pois assim dificultaria a criação de novas emissoras, pela simples falta de espaço no espectro de transmissão (com o sistema de TV digital de definição padrão, onde passa 1 canal de tv analógico pode passar 4 canais digitais) e pelo alto custo dos aparelhos de produção em alta definição (câmeras, etc) e multiplexação, garantindo assim o "cartel" atual sobre o sistema.

Juntando a vontade dos maiores meios de comunicação de massa em manter seu poderio sobre o sistema, com a vontade do nosso presidente de se reeleger e necessitando assim do apoio desses veículos, temos um sistema de TV pouco democrático, caro (a mudança do sistema seria cara de qualquer forma, mas opções "menos piores" poderiam ser escolhidas) e que não utiliza todo o seu potencial de inclusão digital (caso sejam reais os rumores que expus aqui no dia 19 de maio).

E assim caminha o pomposo Brasil. Seria interessante saber se o Itamaraty está interessado em incentivar a adoção da tecnologia brasileira em outros países ou se apenas importa aos nossos lenientes políticos e diplomatas a subserviência à tecnologia estrangeira.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

PLC. O dia vai chegar...

Depois de alguns meses de reclusão para finalizar meu projeto acadêmico (que disserta sobre as tecnologias e abordagens que arquitetos de sistemas precisam conhecer para projetar sistemas para TV digital interativa) eis que uma notícia me chama a atenção e fala sobre um assunto que eu poderia ter abordado na minha dissertação mas ironicamente não o fiz.

Ao ler meus e-mails que acumularam ao longo do tempo que me dediquei ao projeto, fiquei sabendo (http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=450215) que o projeto Samba (sigla em inglês para “Sistema para TV digital interativa avançada e serviços móveis no Brasil - totalmente financiado por empresas européias e está estudando a implantação da TV digital no Brasil) estará fazendo testes na cidade de Barreirinhas, no interior do Maranhão, no início de 2008 e fará uso da tecnologia chamada PLC (Power Line Communication) como meio para a comunicação de dados de canal de retorno.

Essa tecnologia utiliza a atual rede de transmissão de energia elétrica para enviar e receber dados. Para fazer a comunicação acontecer, o equipamento necessário é apenas um modem capaz de utilizar as freqüências corretas transmitidas no fio. Esse modem poderia estar acoplado internamente na TV ou no set-top-box, sendo que tudo que as pessoas precisariam para utilizar o canal de retorno seria ligar sua TV na tomada (como naturalmente já fazem) para poder assistir a TV e enviar para a emissora os dados provenientes da sua interação com o programa televisivo.

Utilizar o PLC como meio de comunicação cairia como uma luva para os sistema de TV digital no Brasil uma vez que 97% dos domicílios brasileiros, segundo o IBGE, são providos de energia elétrica e apenas 72% possuem algum tipo de aparelho de telefonia (celular ou fixo). Apesar de ser uma tecnologia bastante recente, há uma grande expectativa sobre ela devido as facilidades e redução de custos que ela poderia proporcionar. Enquanto isto, vamos sonhando e esperando que a tecnologia seja funcional e aplicável em grande escala rapidamente.

Além do PLC, o Samba está apostando em algumas coisas interessantes. Entre elas o uso de aplicações que fazem uso do canal de retorno permanente e com altas taxas de transmissão, dando a possibilidade dos telespectadores serem os próprios produtores do conteúdo do sinal de TV (utilizando uma webcam, por exemplo, o sinal pode ser enviado para todos via broadcast).

Está pra chegar o dia em que vamos este tipo de aplicações no sistema de TV aberta no Brasil. Enquanto isto, discutem se o middleware (que da possibilidades de se fazer uso do maior benefício que a TV digital pode proporicionar: a interatividade) deve ser parte obrigatória do sistema brasileiro de TV digital.

Mais informações sobre o PLC:
http://en.wikipedia.org/wiki/Power_Line_Communications
http://www.upaplc.org/page_viewer.asp?category=Home&sid=2

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Linguagem brasileira é destaque em conferência nos EUA

Por Redação do IDG Now!
30-05-2007

Criada na PUC-Rio, Lua representa o Brasil entre as 12 linguagens selecionadas para evento que ocorre a cada 15 anos

A linguagem brasileira Lua, criada na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, participará da terceira edição da conferência History of Programming Languages Conference (HOPL), no dia 9 de junho, em São Diego, na Califórnia.

O evento, que ocorre a cada 15 anos, seleciona apenas algumas linguagens de programação, consideradas relevantes para a ciência da computação. Este ano, 12 linguagens foram selecionadas para participar do HOPL.

Criada em 1993, a Lua é a única linguagem de programação de impacto desenvolvida em um país fora do “Primeiro Mundo”.

Totalmente desenvolvida no Brasil, 90% dos usuários da Lua estão no exterior. Com código aberto, a linguagem está entre as 25 mais populares da internet, de acordo com o índice Tiobe.

Utilizada por grandes companhias, como a Microsoft, Intel, Philips, Disney e NASA, a Lua também é popular no universo dos games, e está presente no The Sims e World of Warcraft (Wow), entre outros.

No Brasil, a linguagem ainda está em fase de popularização. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) adotou a Lua para suporte aos estudos de Modelagem Ambiental.

Os professores Roberto Ierusalimschy e Waldemar Celes, da PUC-Rio, junto ao pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Luiz Henrique de Figueiredo, são os responsáveis pelo desenvolvimento da linguagem.

Fonte: PCWorld


Lua é a linguagem de script escolhida para ser utilizada em conjunto com a NCL (Nested Context Language), a linguagem declarativa do Ginga, o middleware brasileiro. NCL seria uma espécie de HTML para a TV Digital brasileira e a Lua seria seu javascript.

Ainda não tive a oportunidade de ver nenhum script Lua criado com minhas próprias mãos sendo executado na TV, mas é empolgante saber do destaque que a linguagem está tendo na área de linguagens de programação. Somos nós brasileiros ajudando a escrever a história da computação. Parabéns a toda equipe da PUC-Rio.

terça-feira, 22 de maio de 2007

"É interessante ressaltar que os atributos que receberam mais importância por parte da população [imagem sem chuviscos ou fantasmas, imagem mais nítida, maior número de canais] são os de mais fácil percepção de utilidade, uma vez que atualmente são oferecidos por operadoras de TV por assinatura e são rotineiramente explicitados à população por meio de esforço de marketing destas mesmas operadoras. Dessa forma, a população projeta essas características para a TV digital, ao passo que a interatividade representa uma novidade difícil de se avaliar claramente. Esse aspecto pode ser ilustrado pelo fato de que as classes de maior poder aquisitivo valorizaram mais a possibilidade de acessar a internet pela televisão do que a população com menor poder."

A frase acima é extraída do "Mapeamento da demanda - Pesquisas de mercado e análises de tendência", um trabalho de pesquisa do CPqD, realizado em 2004, documento que serviu de base para planejar toda o desenvolvimento do SBTVD.

A leitura desse documento é essencial à todos que desejam se aventurar no mercado de TV digital brasileiro enquanto ele ainda dá seus primeiros passos. Entre outras coisas ele procura mostrar onde você estará se metendo.

Fica fácil verificar que a implantação da interatividade no modelo televisivo será um desafio, principalmente pela cultura do telespectador atual, que não está acostumado com essa nova linguagem televisiva e nem mesmo com a linguagem interativa, atualmente utilizada principalmente em computadores e dispositivos móveis (sabemos muito bem das limitações econômicas as quais são submetidas maior parte do povo brasileiro, restringindo o acesso desses a esses meios).

No entanto, o trabalho do CPqD deixa claro o entusiasmo do público quando este descobre as potencialidades do modelo interativo.

A expectativa para verificar a reação no público ao se deparar com a interatividade na televisão está alta. E maior ainda é a expectativa de poder explorar todos os recursos que essa interatividade vai proporcionar.

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Aos interessados pelo mapeamento de demanda e outros relatórios criados pelo CPqD durante a pesquisa e desenvolvimento do SBTVD, eles podem ser obtidos na íntegra através de solicitação para o e-mail: admtvdigital@cpqd.com.br mediante fornecimento de nome, instituição e e-mail para contato.

sábado, 19 de maio de 2007

Interatividade na TV digital não começa neste ano, diz especialista

Defendida como o grande diferencial da TV pública sobre a comercial, a interatividade na TV digital pode ficar para um segundo momento, após a implantação do novo modelo. “Os receptores têm limitações em seu programa que inviabiliza a interatividade”, explicou o presidente da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (ACERP), Tadao Takahashi.

A previsão também foi levantada pelo assessor especial da ministra-chefe da Casa Civil, André Barbosa, em exposição no I Fórum Nacional de TVs Públicas. “A interatividade plena será verdade no seu tempo. Antes, será preciso transformar a audiência passiva em um telespectador ativo”, afirmou.

Inicialmente, a TV digital deverá permitir a interatividade local, que corresponde à interface entre o usuário e o aparelho para a recepção do conteúdo. Já na interatividade plena, há precisão de também permitir que o telespectador mande mensagens sobre os programas, como em casos de enquetes. O nível máximo seria a interatividade contínua em que será possível a troca de informações de modo que o cidadão constrói a TV.

Enquanto não se alcança este patamar, Takahashi propõe que já se comece a pensar em soluções para as limitações tecnológicas existentes. O início da TV pública em meio digital deve ocorrer em dezembro deste ano, experimentalmente, na cidade de São Paulo.

Fonte: Último Segundo (ultimosegundo.ig.com.br) em 10/05/2007

sexta-feira, 18 de maio de 2007

O precursor

O vídeo-game. Sim o vídeo-game é o precursor da TV interativa. Pode-se dizer que o computador é o precursor, afinal um video-game não é nada mais que um computador especialista. Mas o vídeo-game, na sua forma natural está muito mais ligado à um televisor.

Parece uma conclusão um tanto óbvia. Mas são raras as citações que relacionam TV interativa e os aparelhinhos de diversão ociosa. Pra ser sincero estou atrás de algum estudo que faça esta ligação de forma direta e não atigos que proponham jogos via controle-remoto.

Não há dúvida que o vídeo-game foi a primeira forma de dar vida à TV. A primeira tentativa de utilizá-la para um propósito não-passivo. Ele surgiu numa época em quea TV estava se popularizando com muita força nos EUA e também numa época onde muito do que era difundido nas ondas eltromagnéticas eram notícias sobre a guerra-fria, Vietnan e outros conflitos em que os americanos se envolveram.

O vídeo-game funcionou como uma forma de utilizar o aparelho televisivo para um fim divertido e que não encheria a cabeça das pessoas com mais coisas ruins ou sem graça. E foi a primeira vez onde uma ação do usuário provocava uma reação no que eles assistiam na TV.

É exatamente este o conceito que envolve a TV interativa: o usuário agir e a TV reagir. Já temos hoje em dia a possibilidade de interagir indiretamente com o uso de telefones, por exemplo. Indiretamente porque não é na TV que o usuário está provocando a ação. Mas é nela que se observa a reação.

Com o advento da TV digital observaremos a interatividade de forma direta. Onde o usuário irá realizar ações na própria TV, por intermédio de uma interface como o controle-remoto.

A seguir, algumas fotos do Magnavox-odyssey. O primeiro console doméstico. Dá uma certa nostalgia. Não cheguei a jogar num Odyssey, mas tive um Atari, um console um pouco mais evoluído mas ainda da primeira geração de video-games.



É interessante pensar nos jogos ao desenvolver aplicativos interativos. Lembre-se que eles precisam ser intuitivos e de facil manuseio. Se era possível fazer jogos bem divertidos com interfaces como o Odyssey, que possuia apenas dois potenciômetros e 1 botão. Porque é tão complicado fazer aplicativos para um controle-remoto cheio de botões que as pessoas (pelo menos a maioria), já estão acostumadas a utilizar?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

TV digital será mais simples que computadores, garante professor da USP

O uso do televisor deverá ser tão simples no modelo digital quanto é no analógico para garantir a acessibilidade do conteúdo às camadas sociais menos instruídas.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo Marcelo Zuffo, "hoje, é só ligar o aparelho na tomada que ele funciona", observou aos participantes do 1º Fórum Nacional de TVs Públicas.

Zuffo afirma que a mudança de pensamento deverá ocorrer em relação ao uso do controle-remoto que terá "super-poderes". "Atualmente, os controles-remotos apenas ligam e desligam o televisor, ajustam volume e mudam de canal, mas com a TV digital será possível tirar o saldo do FGTS ou localizar o posto de saúde mais próxima por meio do CEP", garante.

A inclusão social foi lenvantada pelo grupo de trabalho "Migração Digital", como um dos princípios para a TV digital. O assunto foi debatido na quinta mesa do fórum sobre TVs públicas. "Já é positivo garantir o melhor sinal, com qualidade de DVD, para todos os telespectadores. O desafio é fazer este sinal chegar a todos os lugares do País", observou o assessor da Casa Civil, André Barbosa.

Fonte: www.badaueonline.com.br em 10/05/2007

terça-feira, 15 de maio de 2007

E nasce o InteraTV...

Cerca de 7 meses antes da primeira transmissão aberta de TV digital ser realizada no Brasil, decido criar este blog para reunir informações desde notícias políticas até artigos técnicos que envolvem a interatividade televisiva e TV digital interativa em geral.

O assunto é meu tema de estudos desde 2005 quando me envolvi nas pesquisas do Sistema Brasileiro de TV Digital como pesquisador da UFSC no projeto de Inclusão digital através de serviços de saúde na TVDI (RFP06) e no Padrão de Referência de Usabilidade para o SBTVD (RFP16).

A escassez e a alta dispersão de fontes de informação sobre o assunto é o que mais me encoraja a criar este blog. Espero que ele sirva de guia e passe a ajudar todos que têm interesse em entender e se aprofundar no tema interatividade televisiva.

Me chamo Filipi, carinhosamente conhecido como Lelé (ou Leleh). Estou a sua disposição.