sábado, 31 de maio de 2008

Finlândia é o primeiro país com TV 100% digital

A Finlândia é o primeiro país do mundo a retirar do ar a TV analógica e só transmitir programas com tecnologia digital. A informação é da ministra das Comunicações deste país, Suvi Lindén, em entrevista ao Estado. “Em menos de 4 anos, conseguimos realizar esse objetivo. Não foi fácil, mas vale a pena. Os maiores problemas que tivemos foram na área dos sintonizadores digitais (set top boxes). As camadas de menor renda reclamaram dos preços e da impossibilidade de utilizar o mesmo aparelho tanto para a TV aberta quanto para a TV por assinatura. Vamos ter que resolver essa situação, substituindo esses conversores.”

O padrão utilizado na Finlândia é o europeu (Digital Video Broadcasting ou DVB), que permite elevado grau de interatividade e mobilidade em sua versão DVB-H. Segundo a ministra Lindén, a Europa não deu prioridade ao desenvolvimento da TV de alta definição, embora o padrão DVB já o permita. Na opinião de alguns especialistas finlandeses, a TV de alta definição ainda é um luxo, porque exige receptores mais caros, mais sofisticados e, principalmente, maior oferta de conteúdo, o que ainda não ocorre. Para eles, as imagens digitais européias, com 700 pixels por linha (e não 1.080) são plenamente satisfatórias.


Mais em http://txt.estado.com.br/editorias/2008/05/25/eco-1.93.4.20080525.25.1.xml

terça-feira, 20 de maio de 2008

Declaração de isentos (IRPF) em 2009 poderá ser feita pela TV

Empresa anuncia o lançamento de interatividade para T-Government durante a Mostra TIC 2008.

Durante o evento Mostra TIC 2008, que será realizado de 22 a 24 de abril em Brasília a HXD iTV vai entregar a receita federal uma aplicação que torna possível a declaração de imposto de renda de isentos pela televisão. A solução, que vai ser disponibilizada como software público e será doada ao Governo Federal, foi desenvolvida em NCL, linguagem que pode ser executada equipamentos que possuem o middleware Ginga, padrão do sistema brasileiro de TV digital terrestre.

De acordo com Salustiano Fagundes, diretor-presidente da empresa, "a iniciativa surgiu porque queremos incentivar o uso efetivo da TV digital como ferramenta de t-government, levando serviços aos cidadãos. É importante a ampla penetração que a TV tem no Brasil seja aproveitada também para se promover ações de inclusão digital".

As transmissões de TV digital aberta no Brasil tiveram início no dia 2 de dezembro do ano passado na cidade de São Paulo e este ano deverá chegar em pelo menos mais duas capitais: Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Embora tenha começado sem interatividade nos receptores e sido alvo de críticas quanto aos preços dos equipamentos, para Fagundes a popularização da TV digital será inevitável. "Nenhuma nova tecnologia começou barata e com muitos usuários. Foi assim com o celular e com os computadores, por exemplo. Isso é um processo gradual e acredito no barateamento dos conversores. Também acredito que o uso do Ginga será uma realidade mais cedo do que se imaginava e que já será possível fazermos alguns níveis de interatividade a partir do segundo semestre de 2008".

A HXD Interactive Television surgiu com evolução da divisão de TV digital da Hirix Engenharia de Software, tendo sido a primeira empresa brasileira criada comfoco exclusivo no desenvolvimento de soluções interativas para a TVdigital e possui escritórios em Brasília, São Paulo e Natal.

Foi também a primeira empresa a tornar viável a transmissão comercial de uma aplicação interativa em sinal aberto no país, em um evento promovido pela Caixa Econômica em dezembro de 2007 onde foi apresentada uma solução de simulação de crédito imobiliário pela TV.

A solução de imposto de renda será demonstrada durante a abertura do evento em uma transmissão experimental, utilizando receptor comercial da Aiko com uma implementação customizada do Ginga-NCL feita pela Mopa Embedded Systems, empresa formada por ex-alunos da UFPB e UFRN.

Fonte: Imprensa HXD
http://www.hxd.com.br/

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Cadê o Ginga-J - Comentário

Mais um comentário bem legal. Pena que o autor não quis se identificar, mas tem conteúdo.
Parem de conversar merda. No SBTVD era universidades do Brasil inteiro, e as melhores estavam lá. A chamada para o SBTVD era pública, foi feita uma seleção e as que apresentaram maiores competências ganharam a chamada. Eu participei do projeto e convivi com muita gente da UFPB, e eles erão os que mais entendiam da história. Eram os únicos que já tinham trabalhos mais sedimentados na área. Eles conduziram os trabalhos, praticamente. Ai fica um bando de otário que acha que as coisas são tão simples assim quando se envolve tanto dinheiro. Isso é um negócio de UM BILHÃO de REAIS, tem muito interesse envolvido, e não é limitação técnica que está empacando isto não. Seus autores só se atentaram para a questão de royalties do JAVA, não se atentando a outras partes da solução. Esse NCL é uma falácia. Vocês vão ver. E é um player, pra ser um middleware precisa muito. Mugnatto, sugiro que procure a cidadania americana, pra ser preconceituoso e babaca assim, lá tá cheio.
Eu preciso concordar em partes e discordar em outras. Vamos lá.

Eu também estive envolvido no projeto e realmente o pessoal da UFPB era muito competente, talvez os mais competentes de todo o projeto. A parte mais complicada foi desenvolvida por eles e em tempo recorde - comparando com toda a minha experiência na área de TI. São profissionais sensacionais!

Mesmo assim poderiam ter conduzido a coisa abertamente. Eles foram pagos com dinheiro público e o produto desse trabalho deveria ser público e estar acessível ao público desde o começo. O NCL seguiu os mesmos moldes do Ginga-J (foi um projeto acadêmico financiado com dinheiro público da mesma forma) e virou livre. Porque o Ginga-J deveria ser diferente?

Não vou discutir as funções do Ginga-NCL, isto é, se ele é meramente um player ou não. Ele é a única coisa "concreta" que temos até agora e muito funcional.

E justamente por ser brasileiro e pra honrar a minha cidadania eu continuo batendo na tecla da questão "Cadê o Ginga-J?". Por ser brasileiro (e não americano como foi sugerido) eu exijo que faça valer o dinheiro que eu gasto em impostos de maneira aberta, clara e igualitária para todos os brasileiros. Eu sei que há muito dinheiro e muitos interesses envolvidos nessa trama e justamente por isso exijo clareza, para o bem dos Brasileiros.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Comentário

Antes de mais nada quero me desculpar com os leitores do Blog. Não estou dando conta de todas as minhas atividades e estou priorizando aquelas que ajudam a botar o leitinho na mesa.

Já dei a mesma desculpa em outras postagens, mas estou trabalhando pra resolver esses problema. Estou acompanhando o assunto, logo vem coisa boa aí.

Esta postagem é rápida e precisa ser difundida: um comentário que o Jomar Andreata (autor de uma das teses que foram base para o meu trabalho acadêmico sobre TV Digital) deixou no post "Pérolas aos Porcos", imediatamente abaixo deste.
Senhores.

Se o governo brasileiro tivesse o interesse em uma TV Digital Interativa, para levar informação e interatividade, teria feito a escolha de padrão de outra forma.

Na minha opinião o mais lógico seria a escolha do padrão europeu. Forte base de desenvolvimento de aplicações interativas, transmissão terrestre em larga escala, suporte a mobilidade e middleware estável e funcional.

Não esqueçamos do modelo de negócios que existe na TV aberta brasileira e que determinou a escolha do padrão.

Uma história: Na Espanha e Portugal, a TV Digital foi lançada em alta definição e deixando a interatividade de lado, era mais fácil para as empresas, não mudava o know-how que elas tinham, e não criavam concorrentes, como novos players no mercado. Resultado: falência. O mercado não quiz pagar novamente pelo o que já tinha.

A reformulação veio com transmissão em SDTV, pesada interatividade e liberdade para novos players transmitirem o conteúdo de qualquer forma. Assim a TVD era um novo produto.

Aqui, com o Ginga, corremos o risco de desenvolvermos aplicações que não poderão ser exportadas. Mais investimento em alterações para exportar o conteúdo nacional. Pois em alguns anos, qualquer produto áudio-visual sem interatividade será colocado em segundo plano, pois o mercado internacional estará acostumado em interagir com o conteúdo.

O governo critica os fabricantes de equipamentos, mas o governo tem telhado de vidro, pois não fez o dever de casa, cadê a nova regulamentação? (fusão da lei de radiodifusão e da lei de telecomunicações). Onde está a definição do Ginga-J? (com especificação de custos de licenciamento).

Vamos nos colocar no lugar dos fabricantes, é muita neblina à frente...

Jomar A.A.