quinta-feira, 31 de maio de 2007

Linguagem brasileira é destaque em conferência nos EUA

Por Redação do IDG Now!
30-05-2007

Criada na PUC-Rio, Lua representa o Brasil entre as 12 linguagens selecionadas para evento que ocorre a cada 15 anos

A linguagem brasileira Lua, criada na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, participará da terceira edição da conferência History of Programming Languages Conference (HOPL), no dia 9 de junho, em São Diego, na Califórnia.

O evento, que ocorre a cada 15 anos, seleciona apenas algumas linguagens de programação, consideradas relevantes para a ciência da computação. Este ano, 12 linguagens foram selecionadas para participar do HOPL.

Criada em 1993, a Lua é a única linguagem de programação de impacto desenvolvida em um país fora do “Primeiro Mundo”.

Totalmente desenvolvida no Brasil, 90% dos usuários da Lua estão no exterior. Com código aberto, a linguagem está entre as 25 mais populares da internet, de acordo com o índice Tiobe.

Utilizada por grandes companhias, como a Microsoft, Intel, Philips, Disney e NASA, a Lua também é popular no universo dos games, e está presente no The Sims e World of Warcraft (Wow), entre outros.

No Brasil, a linguagem ainda está em fase de popularização. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) adotou a Lua para suporte aos estudos de Modelagem Ambiental.

Os professores Roberto Ierusalimschy e Waldemar Celes, da PUC-Rio, junto ao pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Luiz Henrique de Figueiredo, são os responsáveis pelo desenvolvimento da linguagem.

Fonte: PCWorld


Lua é a linguagem de script escolhida para ser utilizada em conjunto com a NCL (Nested Context Language), a linguagem declarativa do Ginga, o middleware brasileiro. NCL seria uma espécie de HTML para a TV Digital brasileira e a Lua seria seu javascript.

Ainda não tive a oportunidade de ver nenhum script Lua criado com minhas próprias mãos sendo executado na TV, mas é empolgante saber do destaque que a linguagem está tendo na área de linguagens de programação. Somos nós brasileiros ajudando a escrever a história da computação. Parabéns a toda equipe da PUC-Rio.

terça-feira, 22 de maio de 2007

"É interessante ressaltar que os atributos que receberam mais importância por parte da população [imagem sem chuviscos ou fantasmas, imagem mais nítida, maior número de canais] são os de mais fácil percepção de utilidade, uma vez que atualmente são oferecidos por operadoras de TV por assinatura e são rotineiramente explicitados à população por meio de esforço de marketing destas mesmas operadoras. Dessa forma, a população projeta essas características para a TV digital, ao passo que a interatividade representa uma novidade difícil de se avaliar claramente. Esse aspecto pode ser ilustrado pelo fato de que as classes de maior poder aquisitivo valorizaram mais a possibilidade de acessar a internet pela televisão do que a população com menor poder."

A frase acima é extraída do "Mapeamento da demanda - Pesquisas de mercado e análises de tendência", um trabalho de pesquisa do CPqD, realizado em 2004, documento que serviu de base para planejar toda o desenvolvimento do SBTVD.

A leitura desse documento é essencial à todos que desejam se aventurar no mercado de TV digital brasileiro enquanto ele ainda dá seus primeiros passos. Entre outras coisas ele procura mostrar onde você estará se metendo.

Fica fácil verificar que a implantação da interatividade no modelo televisivo será um desafio, principalmente pela cultura do telespectador atual, que não está acostumado com essa nova linguagem televisiva e nem mesmo com a linguagem interativa, atualmente utilizada principalmente em computadores e dispositivos móveis (sabemos muito bem das limitações econômicas as quais são submetidas maior parte do povo brasileiro, restringindo o acesso desses a esses meios).

No entanto, o trabalho do CPqD deixa claro o entusiasmo do público quando este descobre as potencialidades do modelo interativo.

A expectativa para verificar a reação no público ao se deparar com a interatividade na televisão está alta. E maior ainda é a expectativa de poder explorar todos os recursos que essa interatividade vai proporcionar.

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Aos interessados pelo mapeamento de demanda e outros relatórios criados pelo CPqD durante a pesquisa e desenvolvimento do SBTVD, eles podem ser obtidos na íntegra através de solicitação para o e-mail: admtvdigital@cpqd.com.br mediante fornecimento de nome, instituição e e-mail para contato.

sábado, 19 de maio de 2007

Interatividade na TV digital não começa neste ano, diz especialista

Defendida como o grande diferencial da TV pública sobre a comercial, a interatividade na TV digital pode ficar para um segundo momento, após a implantação do novo modelo. “Os receptores têm limitações em seu programa que inviabiliza a interatividade”, explicou o presidente da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (ACERP), Tadao Takahashi.

A previsão também foi levantada pelo assessor especial da ministra-chefe da Casa Civil, André Barbosa, em exposição no I Fórum Nacional de TVs Públicas. “A interatividade plena será verdade no seu tempo. Antes, será preciso transformar a audiência passiva em um telespectador ativo”, afirmou.

Inicialmente, a TV digital deverá permitir a interatividade local, que corresponde à interface entre o usuário e o aparelho para a recepção do conteúdo. Já na interatividade plena, há precisão de também permitir que o telespectador mande mensagens sobre os programas, como em casos de enquetes. O nível máximo seria a interatividade contínua em que será possível a troca de informações de modo que o cidadão constrói a TV.

Enquanto não se alcança este patamar, Takahashi propõe que já se comece a pensar em soluções para as limitações tecnológicas existentes. O início da TV pública em meio digital deve ocorrer em dezembro deste ano, experimentalmente, na cidade de São Paulo.

Fonte: Último Segundo (ultimosegundo.ig.com.br) em 10/05/2007

sexta-feira, 18 de maio de 2007

O precursor

O vídeo-game. Sim o vídeo-game é o precursor da TV interativa. Pode-se dizer que o computador é o precursor, afinal um video-game não é nada mais que um computador especialista. Mas o vídeo-game, na sua forma natural está muito mais ligado à um televisor.

Parece uma conclusão um tanto óbvia. Mas são raras as citações que relacionam TV interativa e os aparelhinhos de diversão ociosa. Pra ser sincero estou atrás de algum estudo que faça esta ligação de forma direta e não atigos que proponham jogos via controle-remoto.

Não há dúvida que o vídeo-game foi a primeira forma de dar vida à TV. A primeira tentativa de utilizá-la para um propósito não-passivo. Ele surgiu numa época em quea TV estava se popularizando com muita força nos EUA e também numa época onde muito do que era difundido nas ondas eltromagnéticas eram notícias sobre a guerra-fria, Vietnan e outros conflitos em que os americanos se envolveram.

O vídeo-game funcionou como uma forma de utilizar o aparelho televisivo para um fim divertido e que não encheria a cabeça das pessoas com mais coisas ruins ou sem graça. E foi a primeira vez onde uma ação do usuário provocava uma reação no que eles assistiam na TV.

É exatamente este o conceito que envolve a TV interativa: o usuário agir e a TV reagir. Já temos hoje em dia a possibilidade de interagir indiretamente com o uso de telefones, por exemplo. Indiretamente porque não é na TV que o usuário está provocando a ação. Mas é nela que se observa a reação.

Com o advento da TV digital observaremos a interatividade de forma direta. Onde o usuário irá realizar ações na própria TV, por intermédio de uma interface como o controle-remoto.

A seguir, algumas fotos do Magnavox-odyssey. O primeiro console doméstico. Dá uma certa nostalgia. Não cheguei a jogar num Odyssey, mas tive um Atari, um console um pouco mais evoluído mas ainda da primeira geração de video-games.



É interessante pensar nos jogos ao desenvolver aplicativos interativos. Lembre-se que eles precisam ser intuitivos e de facil manuseio. Se era possível fazer jogos bem divertidos com interfaces como o Odyssey, que possuia apenas dois potenciômetros e 1 botão. Porque é tão complicado fazer aplicativos para um controle-remoto cheio de botões que as pessoas (pelo menos a maioria), já estão acostumadas a utilizar?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

TV digital será mais simples que computadores, garante professor da USP

O uso do televisor deverá ser tão simples no modelo digital quanto é no analógico para garantir a acessibilidade do conteúdo às camadas sociais menos instruídas.

Segundo o professor da Universidade de São Paulo Marcelo Zuffo, "hoje, é só ligar o aparelho na tomada que ele funciona", observou aos participantes do 1º Fórum Nacional de TVs Públicas.

Zuffo afirma que a mudança de pensamento deverá ocorrer em relação ao uso do controle-remoto que terá "super-poderes". "Atualmente, os controles-remotos apenas ligam e desligam o televisor, ajustam volume e mudam de canal, mas com a TV digital será possível tirar o saldo do FGTS ou localizar o posto de saúde mais próxima por meio do CEP", garante.

A inclusão social foi lenvantada pelo grupo de trabalho "Migração Digital", como um dos princípios para a TV digital. O assunto foi debatido na quinta mesa do fórum sobre TVs públicas. "Já é positivo garantir o melhor sinal, com qualidade de DVD, para todos os telespectadores. O desafio é fazer este sinal chegar a todos os lugares do País", observou o assessor da Casa Civil, André Barbosa.

Fonte: www.badaueonline.com.br em 10/05/2007

terça-feira, 15 de maio de 2007

E nasce o InteraTV...

Cerca de 7 meses antes da primeira transmissão aberta de TV digital ser realizada no Brasil, decido criar este blog para reunir informações desde notícias políticas até artigos técnicos que envolvem a interatividade televisiva e TV digital interativa em geral.

O assunto é meu tema de estudos desde 2005 quando me envolvi nas pesquisas do Sistema Brasileiro de TV Digital como pesquisador da UFSC no projeto de Inclusão digital através de serviços de saúde na TVDI (RFP06) e no Padrão de Referência de Usabilidade para o SBTVD (RFP16).

A escassez e a alta dispersão de fontes de informação sobre o assunto é o que mais me encoraja a criar este blog. Espero que ele sirva de guia e passe a ajudar todos que têm interesse em entender e se aprofundar no tema interatividade televisiva.

Me chamo Filipi, carinhosamente conhecido como Lelé (ou Leleh). Estou a sua disposição.